Ontem, olhando a final do Ídolos, lembrei de uma história.
Eu conheço um cara que pegou na bunda da Cláudia Leitte.
É sério.
Na volta às aulas, no intervalo da aula de Metodologia Cientifica aplicada a Ciência ,ele chamou o piazedo pro cantinho e disse: - Gurizada, eu tenho uma coisa pra contar pra vocês.
Eu tremi. Confesso.
Só consegui pensar em uma coisa. : Ele vai dizer que é gay.
Não sei porque pensei isso. Talvez porque ele tenha a letra bonita, se vista bem, tenha um C3 e não tome chimarrão.
Ou porque é isso que todo homem pensa quando outro homem diz essa frase. Sei lá.
Mas sei que a gurizada compartilhou da mesma opinião, porque na hora se entreolharam e subiram as sobrancelhas, na típica expressão do - aí vem.
Então, o suspeito sentou e sorriu, como sorriem os que detêm um segredo, e disse: - Eu passei a mão na bunda da Cláudia Leitte.
- Hãn?
- Eu passei a mão na bunda da Cláudia Leitte. Na bunda mesmo. Da Claudinha.
Antes que alguém perguntasse algo, ele cruzou as pernas daquele jeito que a mãe da gente cruza enquanto faz tricô e ficou balançando aquele pézinho 39 ( mais um motivo para minha suspeita inicial) e começou:
"- Que bunda, amigos. E que sorte que dei. Nessas férias, minha tia, que é podre de rica, me convidou pra fazer um cruzeiro pelo nordeste junto com a família dela. Eu topei na hora, apesar de ter medo daquele balanço do mar.
Lá pela sexta noite, quando atracamos em Porto-Seguro, aconteceu o main-event da viagem. E adivinhem de quem era o show? De quem? De quem? Da Claudinha."
Aquilo começou a me irritar. Só porque aquele cara tinha passado a mão na bunda da Cláudia Leitte não significava que ele podia chamar ela de Claudinha.
Arrrrgh. Só eu podia chamar a Claudia Leitte de Claudinha.
Mas voltemos a história do cara que tinha medo do balanço do mar (hmmmm):
"- Os shows de cruzeiros são muito intimistas, nem parecia que ela era uma super-estrela. Passava pela frente do palco, que tinha mais ou menos um metro de altura, e pegava na mão dos fãs, assim, toda pomposinha.
Mas sempre que ela ia para o canto direito, que era onde eu estava, eu não alcançava.
Tentei umas três vezes. Então eu pensei: Que graça tem dar a mão à ela?
Eu vou é passar a mão na bunda.
Fui mais pra frente e fiquei, alí, na espreita.
A hora que ela viesse pro meu lado eu iria depositar meus cinco dedos naquele pedaço de carne macio, empinado e desnudo.
E ia apertar, pra ela poder sentir.
Cantou mais umas duas musicas, e veio vindo. Cantava um pouco, dançava, e vinha.
Minha cabeça já nem ouvia nada, só media a distância. E media, e media.
Então, depois de um giro por sobre a sua roliça e apetitosa perna direita, ela se aproximou.
Eu nem pensei duas vezes, me atirei pra frente e peguei.
Com força.
Com vontade.
Com orgulho.
Com um sorriso no rosto, amigos, eu senti a bunda da Cláudia Leitte em minhas mãos.
Ela disfarçou, me fuzilou com os olhos mas se foi, cantando, saltitante, toda plim-plim."
Emudecemos.
Trocamos olhares, rimos, e saimos.
Nunca, ninguém mais tocou no assunto.
Preferimos deixar a glória dele esquecida, porque era difícil para nós admitirmos que invejávamos isso justamente do purpurinado.
Pois veja só:
Pois veja só:
1. Mesmo que fosse mentira: invejávamos não ter sido o inventor da história.
2. E se fosse verdade...
Bem, se fosse verdade, até o caro leitor estaria com inveja.
Não é?
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