Quem manda em mim?

quinta-feira, 19 de julho de 2012
Vou contar-lhes do meu ciclo vicioso.

Venho já há algum tempo pensando nele, e tentando avaliá-lo de forma imparcial. Mas é impossível.

Primeiro por que em Psicologia/Ciências Sociais, o olhar cientifico de "observar, e apenas observar" se torna dificílimo. No meu caso, impossível. Sempre fica alguma coisa tendenciando a analise. Um engodo. Uma promessa.
Ou uma esperança.

Há nesse ciclo, dois pólos: A minha auto(?)-estima; e minha auto-critica.
Todos possuem ambos.

Porém, normalmente, a auto-estima maior, e uma auto-critica infinitamente inferior. À minha.
Ou não?

Eu já não sei identificar até que ponto é sadio eu colocar em avaliações tão rigorosas todas as coisas que faço.

Desde o meu caráter, até uma singela conversa no MSN.

Parece animador - à quem não tem - uma auto-critica tão abrangente. Projeta a ideia de que você está sempre em franca evolução e aperfeiçoamento. Mas há o paralelo.

A pergunta que desnorteia, é: quando saber que está realmente bom?
Como, e quando, perceber que o elogio foi realmente sincero, e não apenas um alento fajuto de alguém que você sabe que torce por ti.

E é justamente aqui que entra o outro pólo: Auto-estima.

Me pergunto até que ponto um dia horrível pode mudar isso.
Por em cheque qualquer coisa que você faz, por não mais saber se ela não foi tão bem feita como poderia ser, ou se ela foi feita da maneira que você melhor poderia fazê-la.

E que a cobrança em excesso parte da parte de você que sempre quer ver o seu melhor, ou da parte que não deixa você gratificar-se.

E sempre que acontece isso, eu penso: quem está mandando agora? A baixa-estima, ou a auto-critica?

Dá pra perceber o nó?

Parece bobo dizer que até esse ponto do post eu já pensei em excluí-lo.
Três vezes.

É uma fórmula matemática: A auto-critica é inversamente proporcional a auto-estima.

E o engraçado é que se elas se nivelassem por qualquer um dos extremos, seria ótimo.

Sendo ambas gigantes;
Ou comumente ínfimas.


Estão prontas as pipocas?

quarta-feira, 4 de julho de 2012
É 1:50 da manhã.

Sento em frente ao computador e tento lembrar a quanto tempo eu não venho aqui.
E isso me faz ver outra coisa: quantas noites como essa se passaram sem eu notar.

Quantas vezes planejei fazer dezenas de coisas em uma semana, e na segunda seguinte percebi que não fiz nada daquilo?

Então eu penso nas noites como essa, que se passam despercebidas.
Há vezes em que acho que não damos valor devido a um dia.

Só que já não sei se sou eu quem não sabe fazer isso, ou realmente é assim que é.

Dois minutos e quarenta e cinco segundos parecem muito tempo quando estamos parados em frente a um microondas, ouvindo as pipocas estourarem enquanto o timer vai correndo.

Entretanto, quantas vezes eu preciso ouvir minha musica preferida de três minutos pra me sentir satisfeito?

Parece meio bobo, mas talvez perceber que muitas noites se passaram sem serem notadas seja um indicio de que minha vida ande muito bem, obrigado
.
E, de certo modo, isso me surpreende, pois ela não está do jeito que eu realmente esperava. Ainda.

Saber disso é animador, por que, convenhamos,esperar as pipocas estourarem enche o saco.

Literalmente.


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