Aconteceu no Banditt Pub.

quarta-feira, 6 de julho de 2011
Existe vantagem em tudo. Até em não beber na festa.
Depois dessa cara de desconfiado e a contração do lábio inferior que muitos devem ter feito, eu explico:
Esses dias fui em uma balada num pub são-luizense legitimo. Aqueles que inflam o ego do mais chinelão que entra por aquelas portas de vidro.
Tudo muito bem, tudo muito bom, eis que, lá pelas três da manhã, eu vi uma cena que me salvou a noite:

Vinham andando um baixinho feio e uma morena linda de mãos dadas, pelo meio do salão.
O pequeno cavaleiro tomou a frente, como que um batedor da policia que garante o caminho a ser feito pelo Papa, ou Presidente, ou outra coisa qualquer.
Vinha ele: Peito estufado, mão esquerda a frente, empurrando os que lhe atravancavam o caminho; mão direita atrás, segurando a morena de lábios carnudos, bochechas rasas, olhos cor de mel, enfiada em um vestidinho branco que lhe marcavam a silhueta dos glúteos.
Demais, demais.

O baixinho ia abrindo um corredor e a morena vinha logo atrás. Andaram cerca de 7 metros e, então, o pequeno cavalheiro deparou-se com um amigo dos bons. Não conheço-os, mas julgo ser, pois ele o abraçou com o braço esquerdo e ofereceu-lhe um gole de sua Heineken.
O cara ficou parado, mas na mesma posição que vinha, de costas para a mulher.
Eis que do ponto cego dele surge um terceiro personagem, que eu não sei bem de onde saiu, e se deposita ao lado da morena.
O baixinho conversando com o amigo, e atrás dele a namorada sendo galanteada por um Ricardão inconsequente.

Dediquei minha atenção ao momento, pois achei que ia ser engraçado ver o toco que o Ricardão ia tomar, ou, na melhor das hipóteses, observar uma troca de sopapos. Mas não!

Eis que acontece o inesperado: O Ricardão se aproxima da morena, deposita sua mão direita na nuca da menina e tasca-lhe um beijo.
Mas um beijo.
E ela correspondeu, amigos. Com muita habilidade, pois nem mexeu, sequer, a mão que estava estendida logo a frente, presa na do seu namorado.
Eu não sei quanto durou o beijo, fiquei extasiado.

Então o Ricardão some, do mesmo jeito que apareceu.
O amigo do pequeno pônei se vai, e o casal segue, lindo, leve e solto o seu desfile truculento pelo salão.

Essa é a vantagem de não beber em festas. Se vê cada coisa.
Com certeza, se tivesse bebido naquela noite, não lembraria. E a morena infiel permaneceria no anonimato.

Mas repito: EU VI, MORENA.

EU VI.

1 comentários:

  1. juninho disse...:

    hauhauhauah...beeeei queee fodaaa.. meio mocho o fregues ..." O CORNO SEMPRE É O MAIS FACERO " AHUhuaHAUHuah

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