Mulheres. Eu, hein!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011
- Fernando!
- Ô, seu cheio.

Tive que virar. Óbvio. Ela me disse que foram essas as duas frases. Eu só ouvi a ultima.
Não soube bem o que dizer quando a vi. Havia esbarrado com ela antes e ela nem na cara me olhou. Imaginei que não me conhecesse, e, na hora temi que ela não tivesse nem vontade disso.

Meu espanto era plausível. Óbvio.

- Fernaaaaaaaaaaaando! Gritou, segundos antes de me dar um abraço apertado.
- Como está, guri? 

Atônito. Como mais eu estaria? Aquela mulher de revista que eu imaginei nem me conhecer veio falar comigo.
Mas não disse isso para ela. Claro.

- Tô bem. E tu, guria?

Meu erro.
Notei na hora que era carência. Mas ela me dirigia um olhar fraterno.
Mas ao mesmo tempo, o volume do som fazia ela se aproximar mais e mais. Por diversas vezes pude sentir o calor do seu ar tocando a minha boca.
Foi o mais perto de um beijo dela que eu já estive. E arrisco dizer que já estarei.

Digo isso porque, desde então, tudo voltou ao normal.
Passa, não me olha.
Sorrio. Nem me vê.

Mas o problema nem é esse. Até aí, tudo normal.

O que eu não consigo entender é porque que ela veio falar comigo, bêbada?

Até pensei que ela tinha vontade de me conhecer melhor. Mas ela seguiu me ignorando.

Talvez tenha decepcionado ela de alguma forma. Mas não lembro onde, se nos falamos por, no máximo, 3 minutos.

Muito estranho.
Talvez teria sido melhor nem conhecê-la. Na nossa imaginação, vocês, mulheres, são tão perfeitas. Lá eu não tinha nenhuma duvida sobre ela.

Já aqui...







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