Cara, sabe quando tu paga pra ouvir as coisas que tu já sabe?
Tipo, ir ao nutricionista e ouvir tudo o que tu não pode fazer, balançando a cabeça em sinal positivo, sabendo que tu sabia? Então, o que eu vou falar hoje é algo desse tipo.
Eu tô com medo de parecer extremamente ~facebookiano~ e dar aquelas morais de cuecas e tal, mas eu acho que já faço isso sem notar, há tempos.
O fato é: Saúde.
Quem me conhece sabe que eu fiz uma cirurgia em Setembro, de redução de estomago apendicite.
E vos digo: aquilo é a demonstração de quão insignificante a gente é. Eu não conseguia fazer nada sozinho, até pra urinar tu precisava que alguém te alcançasse o penico.
Levantar era um parto. Quase desmaia de dor, durante os 5 primeiros dias.
Mas o pior de tudo. E com certeza o que eu mais senti falta de poder fazer: gargalhar.
Claro que o hospital não é um ambiente muito engraçado, mas as vezes coisas corriqueiras te fazem rir.
Na minha internação eu quase arrebentei os pontos no terceiro dia, olhando propaganda eleitoral.
Aparece uma velha com o codinome " Tia do Funk", concorrendo a uma vaga na câmara de POA. Foi instantâneo imaginar aquela senhora de quase 60 anos dançando um funk violento, com uma bandana na cabeça.
E eu sabia que não podia rir. Então tentei segurar, mas era pior, quando não me continha vinha o riso reprimido, e a dor dos pontos repuxando.
É uma situação muito estranha, por que tu sabe que se tu fizer aquilo vai se machucar, mas tu não consegue controlar.
Tipo ataque de riso no meio da aula.
É triste, é idiota, é inexplicável.
E o pior é que é mais engraçado.
0 comentários:
Postar um comentário