Meu manual de erros

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Será mal da juventude, ou da época em que vivemos?

A ânsia dos jovens atuais por informação e globalidade faz com que nos tornemos presunçosos a ponto de pensar que entendemos coisas da vida.

O fato de ter o mundo, e a história das pessoas à distância de um clic cria a falsa impressão de que se tem todas as receitas de sucesso e os avisos de fracasso, compilados, ali, prontos para serem assimilados e seguidos pelo mundo.

O jovem acha que modificou o ensinamento:  "inteligente é aquele que aprende com seus erros"; para  o lindamente e utópico: "inteligente é aquele que aprende com o erro dos outros".

Bobagem. Sem reação não se aprende nada.

Quando se tem 16 anos, você acha que já está pronto, e que, quando chegar aos 22, será uma pessoa totalmente diferente. 
Talvez essa seja a primeira decepção do jovem adulto: Notar que o tempo corre rápido, e que as coisas não vem de uma maneira uniforme para todos. 

E isso pode ser discutido como reflexos de sua criação, de seu meio, da psicologia, mas, especialmente, de experiências - boas e más.

Eu conheço pessoas que são incrivelmente maduras e determinadas, aos 20 anos.
Entretanto, também sei de outras que são infantis e fúteis, aos 35.


Há aqueles que reclamam da vida sofrida que levam quando brigam com amigos, ou perdem algo material.
Dinheiro se recupera. Amigos perdoam-se.
E, não me entendam mal, não seria hipócrita a ponto de afirmar que isso tudo é superlativo. Claro que não é. 
O que eu quero dizer é que essas coisas não o fortalecem. Não o fazem crescer como pessoa e não lhe ensinam em qual compasso a música toca.

Já a maneira pela qual se encara a morte pode ser uma ferramenta de percepção de maturidade.
Não há quem não saiba que vai morrer. Mas aceitar isso não é fácil, e suportar é aparentemente impossível.

Contudo, se aprende com a morte. Saber que a cada dia é menos um dia  nos força a sair do conforto.
Começa com um leve incomodo, que ganha corpo e vira atitude.

Atitude para arriscar. Para não se importar com opiniões alheias.
Atitude para buscar o seu ideal, e não o padrão.

Se o seu ideal é ser milionário, você trilhará um caminho para isso. Talvez não chegue lá, mas ao menos saberá que viveu seu tempo em linearidade. Não vagou na vida.

Ter um objetivo traçado nos faz sentirmos fortes. E nos sentirmos assim fortalece a auto-estima.

Quem não confia em si não arrisca.
Quem não arrisca não perde.
E quem perde, mesmo assim, ganha.


Achar que se pode aprender com o erro dos outros é algo parecido com  a sensação de um expectador de futebol: 

Você pode até não sofrer gols. Mas também não os marca.

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